Repugnante

Após meses de autêntica desbunda, com divulgação semanal de correspondência privada de clube rival, em canal televisivo próprio, com posterior reprodução e em articulação, acrescente-se, na  imprensa desportiva e não só do país, em que  tudo valeu, desde a descontextualização de conteúdos visando o emprego de comentários falaciosos, em premeditada montagem para efeitos propagandísticos, com o intuito de enfraquecer oponente em cenário extra-futebol, e nada tendo de relevante encontrado que servisse os seus propósitos, resolve agora, em desespero de causa, por iniciativa própria ou em conluio com os autores materiais do crime, divulgar publicamente correspondência comercial e financeira, de modo criterioso e a conta-gotas, em lamentável espectáculo a que as autoridades assistem, de braços cruzados, em absoluta impassividade, quiçá cumplicidade.
Se depois de tudo isto, os tribunais não punirem severamente quem, despudorada e criminosamente, durante meses, orquestrou toda esta campanha com o evidente propósito de destruir rival utilizando práticas inaceitáveis em mundo dito "civilizado", não ressarcindo fortemente a vítima dos danos morais e materiais causados, podemos estar, então, perante a falência total do que usualmente se designa como "Estado de direito".