De Afonso de Melo, com o título acima, no Jornal I: "De repente ficámos a saber que na pacata Budapeste, escondido numa empena qualquer, vivendo a pão e água, um fedelho de cabelo espetado como um ouriço-cacheiro foçava em milhões de documentos privados e na que deveria ser sagrada correspondência alheia com o denodo de uma Madame Curie a cavar na pechblenda até descobrir o rádio. Por um destes milagres que só a suprema humanidade é capaz de destrinçar, o fedelho atribuiu a si próprio aquilo que um mero curso de polícia lhe podia ter dado. Alguma voz divina e encantatória lhe ordenou que salvasse este país, que é o que o mar não quer, como dizia Ruy Belo, das tranquibérnias por entre as quais sempre viveu. Imagino-o, solitário, tremendo de frio nos húmidos invernos à beira do Danúbio, sacrificando as dioptrias nessa tarefa suprema de se transformar num super-homem do justicialismo barato." Leia o resto aqui.
Sem comentários:
Enviar um comentário