segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Espectáculo, medíocres e escroques


Esta é a sociedade do espectáculo circense nos media, permanentemente teatralizada, a sociedade das aparências, das superfícies ilusórias consumidas por cidadãos continuamente descerebralizados como se reais fossem, esta é a sociedade onde o real é liquefeito na imagem, no kitsch, no pícaro, na banalização e na efemeridade das redes sociais através da incessante mediocrização da vida. O desporto tornou-se espectáculo em si, com o futebol ganhando a auréola suprema. É nesta sociedade - amplo estádio substitutivo do coliseu romano do pão e circo - que vivem e são incensados medíocres e escroques - vários deles criminosos - como o Mestre Ubu do Cachecol Penhorado, o Padrinho da Camorra Fruteira portuguesa, o Non Solvente e o SóRaiva Anão. Como escreveu um dia Guy Debord numa fórmula soberba, o que aparece é bom e o que é bom aparece.

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