Os catástrofistas

Andam por aí os benfiquistas (falo dos reais, não dos falsos de certos blogs) cheios de desespero, só lobrigam catástrofe no Benfica, tudo está mal para eles, até o inferno está mal. E, no entanto, o clube está em marcha, silenciosamente, eficazmente, com dois grandes objectivos a médio e longo prazo que a impaciência cheia de dioptria não vê e que os clubes sempre em cima da lâmina (FCP e SCP) não atingirão: eliminar o passivo e modernizar o futuro tornando-o verdadeiramente competitivo e a carburar com prata da casa nas modalidades. O futuro não é uma sopa de pacote, café instantâneo, não é coisa sai-de-repente, leva tempo. Mas os catástrofistas querem tudo num ápice e, especialmente, apressados que são, querem o Benfica do futebol de onze cheio de reforços onerosos, estrangeiros e a ganhar de imediato. É gente que vê o futuro como o anjo do quadro Angelus Novus de Paul Klee via o da modernidade: um montão de ruínas, uma tempestade, um desastre total. Partamos as máquinas - defendem, então, furiosos e linchatórios.