sexta-feira, 28 de setembro de 2018

A impaciente busca de bodes expiatórios

Quando surge um problema - uma derrota, um empate, dois empates, um fio de jogo medíocre - numa equipa de futebol, o comum dos mortais usa o velho e infalível instrumento imputacional do senso comum: o problema está no treinador. Não importa se esse treinador já esteve à testa de muitos triunfos e foi aclamado como um grande treinador. E não tem qualquer valor arrolar outras causas. O que importa, o que é determinante é, na impaciência conjuntural, o conjunto recente de desaires. Afasta-se o treinador, coloca-se outro e a locomotiva volta a circular nos carris, a crise faleceu - assim pensam os esforçados caçadores de bodes expiatórios em seu benfiquismo severamente crucifixador. O bode expiatório, no caso do Benfica, é Rui Vitória. Não pode haver outras causas: a única causa reside magicamente nesse treinador que o AiJesus arabizado dizia um dia, de forma aleivosa em sua petulância, não ser treinador.
Amanhã volto ao tema escrevendo sobre o catastrofismo.

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