Essa lei nada tem de anormal. É a coluna vertebral do tribalismo genérico e sem idade, da identidade grupal, dos símbolos de referência e, afinal, da história das relações sociais.
A anormalidade nasce e progride quando o castelo tribalista destrói as pontes levadiças de comunicação com o exterior e com outrem e faz desse exterior e desse outrem inimigos a combater e a abater. Quando, em resumo, cria fronteiras intransponíveis, cimentando a intolerância e a exclusão.
A anormalidade torna-se perigosa e frequentemente letal quando chega ao desporto, quando este é castrensemente tribalizado e os adversários são havidos como inimigos. O vedamento bélico-tribal é, então, alimentado pela ameaça, pela calúnia, pela difamação, pela injúria e pelo linchamento moral. Surge e amplia-se toda uma atmosfera de inveja e ódio, com produtores e distribuidores de desinformação incendiária. Jogar não é mais o fundamental: odiar, acusar e destruir sim. Quanto mais medíocres e paroquiais são os clubes mais os seus dirigentes atacam os clubes que singram e vencem como clubes e como marcas. Não é a verdade que conta, mas a extensão e a intensidade do ataque permanente. A verdade e a integridade são lançadas ao caixote do lixo.
Os presidentes do FCP (obreiro do mais escandaloso e mafioso mundo de corrupção multilateral surgido em Portugal) e do SCP são hoje os grandes produtores de ódio e destruição moral do desporto em Portugal. O seu alvo é o Benfica, clube que já está no futuro há muito. Não foi por acaso que os dois se uniram, não é por acaso que eles visam não tanto impedir o penta benfiquista quanto o citado futuro, a grandiosidade e a multiplicidade desse futuro. E não é por acaso que tem curso o imoral e criminoso discurso de ódio, calúnia, difamação, injúria e linchamento de carácter. Esse discurso rancoroso e múltiplo foi concebido na aliança, é uma peça da estratégia da terra queimada, não estamos perante meras atitudes emocionais de indivíduos nervosos.
O grande ícone, o grande timoneiro da descomunicação gravemente insultuosa na aliança FCP/SCP é o presidente do SCP, que, de forma inequívoca, padece do Transtorno de Personalidade Histriónica. O seu recente e veemente apelo à leitura e à escuta exclusivas da informação do seu clube - com recusa de outro tipo de informação - é o paradigma da tribalidade mais primitiva.
Os propagadores e defensores do tribalismo incendiário, os seus cães de guarda, são os directores de comunicação dos dois clubes, coadjuvados por certos jornalistas icónicos do jornalismo de esgoto.
Todo esse mundo primitivamente, belicamente tribalizado de forma reiterada e ignóbil, atravessa hoje a sociedade portuguesa como uma metástase, como um incêndio que os bombeiros não conseguem apagar.
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